domingo, 5 de maio de 2013

No VI Domingo do Tempo Pascal

A primeira leitura tirada dos Atos dos Apóstolos nos apresenta em seu primeiro parágrafo a discussão da necessidade ou não de os pagãos serem circuncidados antes de serem batizados. A discussão entre fariseus, Paulo e Barnabé é muito grande. A Comunidade de Antioquia – formada também por não judeus, que devia prestar contas à de Jerusalém, envia a ela alguns de seus membros, entre eles Paulo e Barnabé para que tratassem dessa questão. Em resposta, a Igreja de Jerusalém envia dois de seus líderes – Judas e Silas – para que levassem suas mensagens, tanto escrita como oral.
Chegam a Antioquia os quatro - Paulo, Barnabé, Judas e Silas - e anunciam a mensagem da Comunidade de Jerusalém: em nome dela e do Espírito Santo nada lhes deve ser imposto, apenas a abstenção de gestos que pudessem demonstrar crenças pagãs.
A segunda leitura extraída do Livro do Apocalipse nos fala da perfeição da Jerusalém do Alto. O número doze de suas portas, os doze anjos, as doze tribos, os doze alicerces, a justificativa da ausência de um templo “o seu Templo é o próprio Senhor”, sol e lua são desnecessários, já que a glória de Deus é a sua luz, tudo isso mostra a perfeição dessa cidade, a Cidade de Deus.
Finalmente o Evangelho de João mergulha-nos no amor de Deus. “Se alguém me ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada.” Essa vinda está relacionada com o Espírito que o Pai enviará para nos recordar tudo o que o Filho nos disse. E o que Jesus nos falou foi do amor de Deus, do perdão, da misericórdia, da partilha de vida e de bens, de fraternidade.
Podemos concluir, para nossa vida, que somos chamados a uma vida de perfeição e que ela terá sua plenitude na Jerusalém Celeste, ou seja, na Casa do Pai. Ali só poderá entrar quem amou, pois o amor é a norma para lá se viver. Contudo, para nossa alegria e felicidade, não precisamos passar para a outra vida para sentirmos a presença do amor de Deus em nossa vida. Ele já nos é dado pelo acolhimento ao Espírito Santo, que nos recordará as lições de amor dadas pelo Redentor e nos ensinará o que fazer nas novidades da vida.
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